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O QUE TEM DE NOVO EM TRATAMENTOS CONTRA O LÚPUS?



Uma pesquisa liderada pelo professor da Universidade Monash, Eric Morand, pode oferecer a primeira esperança real para o tratamento do lúpus. A doença que afeta 5,4 milhões no mundo, para as quais não há cura. Os resultados são de um estudo internacional de três anos que trata essa doença autoimune. O professor Morand, que supervisionou o estudo global em mais de 360 ​​pessoas com Lupus Eritematoso Sistemico. O ensaio clínico, chamado TULIP 2, avaliou o anifrolumabe do laboratório AstraZeneca e obteve uma redução estatisticamente significativa e clinicamente significativa na atividade da doença.

O Dr. Morand também foi fundamental no desenvolvimento de novos critérios de avaliação do lúpus que, como a doença envolve vários órgãos no corpo, podem ser difíceis de diagnosticar e monitorar. Cerca de 60% e 80% dos adultos com LES apresentam aumento de genes induzidos por interferon, que refletem a superprodução da proteína imune tipo 1 interferon. Embora as tentativas anteriores de bloquear essa proteína no lúpus tenham falhado, o potencial novo tratamento, o anifrolumabe, funciona bloqueando o receptor em todas as células do corpo, com o objetivo de reverter o desencadeamento dos sintomas do lúpus. Durante o estudo TULIP 2, os pacientes elegíveis receberam uma infusão intravenosa de dose fixa de anifrolumabe ou placebo a cada quatro semanas. A TULIP 2 avaliou o efeito do anifrolumabe na redução da atividade da doença, observando um efeito significativo nas medidas globais de atividade da doença. O ensaio clínico, de 2015 a 2018, envolveu 362 pacientes que receberam 300 mg da droga ou um placebo por via intravenosa uma vez a cada quatro semanas durante 48 semanas. O benefício foi medido usando uma avaliação clínica definida da melhora em todos os órgãos, bem como o número de crises (que observam o paciente com febre, articulações doloridas ou inchadas, fadiga, erupções cutâneas ou feridas ou úlceras na boca ou nariz). Os voluntários tinham idade entre 18 e 70 anos e doença moderada a grave, apesar dos tratamentos padrão. O estudo clínico constatou que, 52 semanas após o início do estudo, que pacientes tomando o medicamento apresentaram os seguintes resultados:

-Uma redução na atividade geral da doença em todos os órgãos ativos -Melhoria no lúpus de pele -Uma redução nas doses de esteroides -Redução anual das crises da doença


O estudo foi realizado no Japão, Reino Unido, EUA, França e Coréia do Sul. O Dr. Morand aponta que o interferon está associado a outras doenças auto-imunes, como a esclerodermia e a doença de Sjogren, portanto, pode haver potencial para o uso de anifrolumabe no tratamento de outras doenças reumáticas.


A AstraZeneca agora está trabalhando com agencias reguladoras, para liberar o anifrolumab como um potencial novo medicamento aos pacientes. Vamos torcer para que em esta esperança se torne um efetivo tratamento para neutralizar os efeitos desta doença tão cruel e fatal.



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